terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Cardápio Canibal




O amargo sabor da crueldade

É como açúcar no paladar da impunidade

Mastigado com voraz insanidade

Na boca histérica da sociedade

Onde a baba infectada com a raiva escorre

A saliva corrosiva da violência

Engolida na garganta do desgosto

Digeridas com o gosto da demência

Nauseando o estomago

Regurgitando velhas mentiras

O desastre como um vomito

A ressaca do homicida

O que é ruim e o que é maldoso

Nutri nossos filhos, nossas crianças

Com a dieta vazia de esperança

É alimentado nosso ingênuo povo

No restaurante demagogo

Bebe-se o sangue do genocídio

No cardápio antropófago

O prato do dia é o suicídio

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